Odontohebiatria

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A Odontohebiatria é uma área da Odontopediatria com a atuação voltada para o atendimento do adolescente. Entretanto, a abordagem do adolescente apresenta uma certa complexidade, devendo englobar o indivíduo como um todo, como também levar em consideração as mudanças inerentes a essa faixa etária, que ocorrem em diferentes âmbitos.

Mas quem é o adolescente? Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência corresponde ao período da vida a partir do qual surgem as características sexuais secundárias e desenvolvem-se processos psicológicos e padrões de identificação que evoluem da fase infantil para a adulta, entre eles a transição de um estado de dependência para outro de relativa autonomia.

Justamente por se tratar de uma fase de transição, muitas vezes o adolescente acaba ficando sem referência no que tange à procura pelo tratamento odontológico. Tanto os pais ou responsáveis têm dificuldade para saber onde procurar ajuda, como também os

profissionais titubeiam em saber se essa faixa etária está ou não dentro do seu campo de atuação. Ele já não é mais uma criança, propriamente falando, mas também não é um adulto. Ai surge então a questão: qual a diferença de tratar um adolescente ou qualquer outro paciente? O que tem demais nisso?

Refletir sobre esse questionamento faz toda a diferença para o profissional que atenderá o adolescente e também para o adolescente que será atendido. Daí, a importância da Odontohebiatria, que, embora não seja uma especialidade, é uma área crescente dentro da Odontopediatria e por que não dizer da Clínica Geral. Atender o adolescente envolve três segredos básicos, fáceis de serem driblados por aqueles que estão dispostos a tal desafio: aspectos éticos, aspectos psicológicos e aspectos biológicos.

É importante lembrar que o adolescente é um paciente que demanda uma atenção especial por parte do cirurgião-dentista. Primeiramente, por merecer atenção especial no manejo comportamental, uma vez que não devemos encará-lo nem como uma adulto pequeno, nem como uma criança grande. Além disso, trata-se de uma época em que o monitoramento deve ser mais minucioso, já que pode-se, quer em virtude dos conflitos internos do adolescente, ou por atitudes de rebeldia, observar um certo descuido com os hábitos saudáveis, o que pode culminar, por exemplo, na maior ocorrência de doenças bucais, como a cárie e a doença periodontal.